1o ano de Edificações avalia participação no Sabiafro
No dia 26 de novembro de 2022, os alunos
do 1o ano de Edificações do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - Campus
Pirapora do Ensino Médio apresentaram uma exposição sobre a escritora Carolina
Maria de Jesus: uma mulher negra que desenvolveu o gosto pela leitura e pela
escrita, o que acabou resultando em um grandioso e impactante legado para a literatura
brasileira e mundial.
Carolina nasceu em 1914, na cidade mineira de Sacramento. Mudou-se para São Paulo ainda jovem, onde trabalhou como empregada doméstica e catadora. Enfrentando tempos difíceis, ela encontrou uma pausa das duras realidades na literatura e na escrita. Moradora da favela do Canindé com seus três filhos, ela passava os dias juntando papel e metal, economizando para sustentar a família para sobreviver. Mesmo com o trabalho constante, houve dias em que Carolina sentiu fome e desespero.
A turma do 1o ano Edificações apresentou
sobre a autora e a obra “Quarto de Despejo”: um miniteatro/leitura dramática de
“Quarto de Despejo”, a parte visual e as obras de Carolina Maria de Jesus. Em
uma entrevista realizada com alguns alunos, eles relataram como a experiência
foi incrível e a importância desse trabalho para expandir conhecimentos sobre a
autora Carolina Maria de Jesus e para evoluir como pessoa.
ALGUNS DEPOIMENTOS:
“Foi uma ótima experiência, todos se
ajudando e trabalhando em conjunto. Foi incrível! Tudo estava muito bem
organizado, o evento em si acrescentou muito em meus conhecimentos, foi memorável!
Além de ser muito importante falar sobre a Carolina e suas obras que são atemporais.”
Lília Amarante Alves, do grupo sobre as obras de Carolina Maria de
Jesus.
“De primeira eu não iria participar do evento presencialmente, apenas iria colaborar com a pesquisa e os cartazes porque eu iria ter outro compromisso inadiável em cima do dia; mas, acabou que eu consegui participar e foi realmente uma experiência incrível! Eu tinha me organizado com uma outra equipe para fazermos um trabalho colaborativo, mas acabou que no dia resolvemos juntar três grupos: o grupo da parte visual, o grupo das obras e o grupo da vida dela. Nossa sala não tinha tanto essa união e termos juntado os trabalhos criou uma boa experiência visual porque recriamos o quarto e a casa dela e acabou se tornando um trabalho muito mais completo do que se fizéssemos separado. Nós nos revezamos para que pudéssemos explicar para todos de uma maneira que também pudéssemos visitar as outras exposições. Eu não tenho nada para reclamar, pois foi muito
colaborativo. Também foi muito bom receber
os visitantes, como o exemplo do artista Paulo Terra: ele não estava lá apenas
passando, dava pra sentir que ele queria ouvir o que tínhamos a dizer sobre a vida
de Carolina Maria de Jesus. Eu julgo esse o melhor trabalho que já apresentamos,
porque nos unimos como turma, nos aperfeiçoamos como pessoas, nos esforçamos
para fazer algo bem feito e conseguimos passar a história de Carolina de uma
boa forma.” Rafaela Souza Santos, do grupo sobre a autora e a obra
“Quarto de Despejo”.
"Foi sensacional a experiência! Eu participei
da organização e a gente se empenhou bastante, até pelo tempo que a gente tinha,
que foi pouco, acho que ficou uma coisa sensacional mesmo. Você entrava na sala
e sentia aquilo, depois que a turma terminava de explicar você saía e com
certeza refletia as condições de vida precária. Então, todo mundo se empenhou
bastante, não só na organização como na explicação também, e acredito que isso
é de suma importância trazendo um pouco da nossa cultura negra." Arthur
Pereira de Azevedo, do grupo da parte visual.
Com isso, é
perceptível que esse trabalho foi de extrema importância. Além de trazer a experiência
da turma toda trabalhando em equipe, também incentivou os alunos a pesquisarem sobre
a história da autora Carolina Maria de Jesus e trouxe a conscientização sobre a
realidade dos pobres, negros, moradores de favelas e ainda sobre a literatura
no país.
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